Inicialmente, gostaria de dizer aos que desejam a aprovação e a classificação no concurso da EsFCEx que não é fácil obter esse resultado. Justamente por não ser fácil, pode-se concluir que é bom. Dificilmente, na vida, o maior bem, o alimento mais saboroso e o lugar mais seguro se conseguem com facilidade.
Para obter o sucesso nesse objetivo é também necessário ressaltar que nada de importante se faz da noite para o dia e que ninguém vence sozinho. Tive ajuda de muitas pessoas que me proporcionaram as condições necessárias para que eu tivesse a tranquilidade e o tempo suficiente para o estudo, especialmente meus pais e irmãos, minha esposa e seus pais. Outra pessoa que me serviu de grande motivação foi o meu filho Pedro, de apenas dois anos.
Consegui a classificação na segunda tentativa, tendo chegado muito próximo na primeira quando fiquei na lista de reservas no ano anterior. Nesses dois anos de preparação, também tive o privilégio de conhecer pessoas especiais que estavam na mesma luta, algumas disputavam a mesma vaga, mas sempre mantiveram o “fair play” com trocas de informações importantes e sempre traziam um ânimo novo nos momentos de cansaço.
Outro fator decisivo para a vitória é a coragem. No último ano, escondido da esposa, pedi demissão de um emprego que tinha para me dedicar mais aos livros e me inscrevi em um cursinho preparatório, o CPE de Recife. Mesmo no segredo da demissão, com pouco tempo minha esposa descobriu e tive de ouvir: “pediu demissão para estudar, mas tem família para sustentar!”. Ela não entendia ainda que era necessário, mas eu sabia que o entendimento viria com a classificação no concurso que traria maior estabilidade e segurança para a família. Não retrocedi na minha decisão e acredito que aquilo só me fez mais forte. A fortaleza foi fundamental para seguir em frente.
Mas, logo depois disso, veio o concurso da FAB com uma vaga para a minha cidade. Fiz uma boa prova e estava confiante que aquela vaga seria minha. Fiquei em quinto lugar e isso me abateu. Depois, passei pouco mais de um mês sem pegar nos livros porque havia pedido demissão do emprego, o rendimento do consultório é muito variável, não tinha mais estabilidade e ainda percebia o olhar da esposa pensando: “e agora?”. O desânimo me pegava.
Aí algo extraordinário aconteceu. Faltando pouco para o concurso do Exército e eu praticamente havia desistido de fazê-lo, meu filho se aproximou e me deu um abraço apertado. Aquilo me fez perceber que eu teria de vencer por ele. Juntei todos os livros da bibliografia, deixei de atender no consultório e consegui terminar o estudo poucos dias antes do certame.
Fiz uma excelente prova, mas já não tinha a mesma confiança. Foram dois meses até o resultado bem sucedido. Entretanto, nada disso está em primeiro plano. São apenas contingências da vida. O primordial é reconhecer Deus como soberano. Não à toa que a boa notícia chegou em meio à festa de Cristo Rei. É Ele todo o bem e dele provém toda graça.
Agradeço a todos que contribuíram com orações, palavras de incentivo, dicas e informações. Essa conquista não é apenas minha, mas de cada um que me ajudou.
Acreditem que é possível. Tenham coragem, fortaleza e determinação. Tenham fé em si próprios, mas acima tudo em Deus. Que Ele abençoe a todos e que Maria Santíssima, mãe de Deus, interceda em seu favor.
Diego de Oliveira Gomes
2º. Colocado para Odontologia/Implantodontia do CA Farm Odonto EsFCEx 2013/2014
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