TECNÓLOGOS X BACHARÉIS
Ser bacharel ou tecnólogo não é sinônimo de sucesso em provas de concurso!!!!
Existe diferença entre competência profissional e capacidade de passar em concursos.
Gostaria de compartilhar desse assunto, pois sou técnico em informática 2004, tecnólogo em desenvolvimento de sistema 2006 e Bacharel em Administração de empresa 2012 e atualmente estudante de Economia na URFPE (ESCREVER ISSO FICOU PEDANTE, MAS TINHA QUE DIZER PRA INSERIR O RACIOCÍNIO).
A princípio gostaria de dizer que me reconheço muito na história de esforço do nosso colega Emanuel por que também não tive oportunidade de ter uma boa base escolar na infância, mas mesmo assim não baixei a cabeça e corri e ainda corro atrás. E na época o caminho mais curto para o mercado de trabalho eram os cursos tecnólogos e assim foi… entrei no mercado de trabalho em 2005 pelas portas do fundo como auxiliar de informática em uma empresa de Rastreamento Veicular por GPS e finalizei minha carreira na iniciativa privada em 2010 numa empresa de desenvolvimento de sistema como Analista de Suporte Computacional II, fiz também meu estagio curricular obrigatório do curso de Bacharelado em Administração em 2011 na RSNDTI que é uma unidade de tecnologia da CAIXA ECONOMICA FEDERAL no qual meu TCC falava sobre segurança de TIC, isso tudo graças a experiência que acumulei na área de TI e aos cursos que já tinha feito (NUNCA CONSEGUI NENHUMA CERTIFICAÇÃO).
Em 2011 consegui ingressar no Serviço Público Municipal num cargo totalmente diferente dá área de TI e hoje consegui galgar uma função de chefia, isso não pela minha nota no concurso, mas sim devido ao meu conhecimento em desenvolvimento de sistemas (TECNÓLOGO) e minha formação em Administração (BACHARELADO) então, tendo em vista isso, acho que poderia comentar esse embate tendo uma visão dos dois lados da mesma moeda.
Nessa minha jornada notei que uma coisa, necessariamente, não está vinculada a outra e que passar em concurso não é sinônimo de competência profissional. A formação de tecnólogo dá mais “mídia” ao SABER FAZER a tarefa, porque nos tornamos práticos com a formação de tecnólogos, porém o curso de bacharelado da mais “mídia” ao SABER PORQUE FAZER a tarefa e municia o profissional de muita teoria para o ato do processo decisório, pois o curso de bacharelado é mais teórico tornando a visão do profissional mais generalista. Não vou entrar no mérito das competências e capacidades pessoais que cada um tem em desenvolve ou não essas competências, estou aqui descrevendo uma situação fática em que nos precisaríamos dos conhecimentos adquiridos em sala de aulas.
Mas e daí???, aonde eu quero chegar com esse blablabla!!!
Quando tive a necessidade de estudar pra passar em concurso imaginava que iria chegar ao Serviço Público e iria encontrar “super profissionais”, afinal de contas concurseiro é ninja, mas não foi bem assim, é claro que existem ótimos profissionais de várias especialidades e formações no Serviço Público, porém o que encontrei e ainda encontro são pessoas que são craques em FAZER CONCURSOS são quase profissionais em passar em provas e estão pouco se importando em se profissionalizar o que eles querem mesmo é se aperfeiçoar em SER APROVADOS EM CONCURSOS MAIORES. É por esse motivo que vejo que existem diferenças gritantes entre competência profissional e capacidade de passar em concursos.
Existe sim a discriminação de competência com os tecnólogos, caso este comprovado que dentre uma e outra explicação do RH não aceitaram meu curso de tecnólogo para acréscimo pecuniário com o argumento de não está previsto o curso de tecnologia no Plano de Cargos e Carreiras – PCC dos servidores, porém só conseguir galgar essa função de coordenação por ter conhecimento diferenciado em desenvolvimento de sistema por meio do curso TECNOLOGO no qual a secretaria usou e usa meus serviços até hoje. Já os conhecimentos em Administração são mais abstratos e mais difíceis de serem reconhecidos por não ser tão pragmático. Então acho que o que dá a aparente competência profissional é o produto do trabalho que no caso dos tecnólogos são mais visíveis do que dos bacharéis.
Pode ser que existam pessoas que ao conseguir sucesso neste certame teriam sido ótimos profissionais aqui fora, mas sejam profissionais medianos dentro do EB, como também pessoas que nunca tiveram oportunidade de mostrar competência aqui fora tenham oportunidade de serem ótimos profissionais dentro do EB, isso independente do esforço que fizeram pra serem aprovados no concurso.
Quando decidi fazer carreira militar usando o QCO como porta de entrada notei que acabamos por nos igualarmos a todos no sentido de transpormos a barreira dos conhecimentos cobrados no concurso, pois conheço ótimos profissionais que nunca conseguiram sucesso em concurso algum, mas mesmo assim não deixaram de ser bons profissionais.
Um ponto de vista!
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