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5- Prepare-se mais e evite sustos… (para todos os cursos)

Abaixo seguem três advertências importantes para evitar surpresas no próximo certame:

 

– Uma coisa já é batida nas dicas para o concurso da EsFCEx, mas não custa ratificar: a preparação para a EsFCEx nas provas específicas é bem particular. Costumeiramente, muitas pessoas se preparam para diversos concursos e acham que estão aptos para aprovação em todos os certames. Não é verdade. De maneira geral esta regra se aplica até porque o estudo específico é algo acumulativo. Entretanto, para a EsFCEx não basta dominar os assuntos. Há a necessidade de habituação com os autores sugeridos e domínio das conceituações presentes nas obras.

 

– Houve uma enquete após a última prova sobre a substituição ou mesmo a adição de uma prova de redação. Ou seja, atentem-se ao novo edital para confirmar se isso acontecerá ou não. O que não impede que a pessoa, desde já, se prepare fazendo alguns esboços e lendo sobre Forças Armadas (em especial sobre o Exército) e temas atuais do contexto sócio-político-econômico.

 
– Visitem periodicamente a página da EsFCEx. Sempre podemos antever algumas dificuldades e saber antecipadamente sobre mudanças. Recentemente foi anunciada a inclusão da matéria: Estatuto do Militares. O texto do site: “Conforme o Ofício Nº 646-Seç Ens.2 de 24 de novembro de 2011 da DESMil, a Lei Nº 6.880, de 9 de dezembro de 1980 (Estatuto dos Militares) passará a compor as matérias do Exame Intelectual dos Processos Seletivos da EsFCEx (CFO/QC, EIA/QCM e CFO-ODONTO/FARMÁCIA). O Estatuto dos Militares está disponível em http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L6880.htm.”
Pouco sabemos sobre o formato e a relevância na nota final. O que a meu ver é lógico é que no mínimo a matéria será eliminatória (mesmo caso de língua estrangeira). Outra pergunta que nos fazemos é: o que será cobrado? Acho que essa pergunta só sanará com o edital e/ou a divulgação das referências bibliográficas. Porém, deduz-se até pelo link no texto que devemos ter conhecimento do referido Estatuto. Isso garante uma melhor preparação e mais familiaridade com a vida militar.

1 – Preparação

Na verdade esta é uma parte do blog voltada para dizermos um pouco sobre nossa preparação/estruturação para o concurso. Não postarei “uma receita de bolo” com horas de estudos estipuladas, números de livros etc. Sempre optei por ter uma política um pouco diferente. Acho que a preparação tem que se adequar a melhor maneira de funcionamento do indivíduo e não o contrário. Logo, o que direi que fiz não é necessariamente um termômetro para sua preparação. Busque a melhor maneira de aproveitar seu tempo e a melhor forma de apreender os conteúdos. O que sugiro é: leia com bastante atenção os livros indicados, por mais que já exista um domínio do assunto. Vocês devem exaurir o conteúdo pelos livros. Grande parte das questões (quase  totalidade) perguntam especificidades ou conceituações do(s) autor(es) nas obras indicadas.

 

Nunca me preparei só para a EsFCEx. Na verdade desde março de 2010 divido o meu tempo para fazer entre 3 a 4 concursos por ano. Isso implica uma preparação média de 3 meses para cada concurso. Vou me ater ao que fiz para a EsFCEx esse ano (terceira vez que fiz).

 

Como já havia estudado bem português para outros concursos e não estudei essa matéria com afinco. Apenas revisei crase e figuras de linguagem. Depois de ver o gabarito pré-liminar me arrependi um pouco (fiquei com 04 acertos). No gabarito final fui contemplado com a alteração e as anulações (07 acertos). Por sorte, não senti muito pesar por focar nas outras matérias das gerais.

 

Para Geografia e História consegui um bom livro (de cada) e complementei com pdf´s de outros livros e apostilas que consegui na internet. Para cada matéria reservei 02 (duas) semanas. Fiz algumas questões para me sentir seguro e apto para atingir os percentuais mínimos. Acabei com (07 em história e 06 em geografia). Diante da dificuldade da prova e o investimento nas matérias fiquei feliz com o desempenho.

 

Era a terceira vez que tentava o concurso. A cada ano fui adquirindo o máximo de livros da listagem específica. E me estruturei durante 02 meses para ler o máximo possível dos livros indicados. Comecei estudando tudo aquilo que sabia menos ou não fazia noção. Além dessa estratégia eu mapiei a prova e fiz uma perspectiva da probabilidade de assuntos e temas. A partir disso dividi meu tempo para estudar cada livro. E apostei que alguns tópicos não cairíam e não estudei (hospitalar por exemplo).

 

Não foi nada muito bem estruturado. A minha rotina variava de 3 a 6 horas diárias de estudo. Acredito que em média lia 4 horas por dia. Não estudei aos finais de semana e não deixei o lazer de lado. Porém gosto de ter algo me policiando para adverter sobre estudar. E durante os estudos eu suspendi a cerveja.

 

Minha estratégia não foi ler apenas as obras, mas procurar extrair o que poderia ser perguntado e de que forma. Quais os principais conceitos e o que eu perguntaria sobre o tema. Alguns livros mais morosos eu só lia as partes em negrito e esmiuçava as definições dos conceitos. Em muitos casos é melhor decorar a definição do que entender o processo de construção.

 

De resto foi rever/refazer as provas anteriores para me formatar ao estilo da prova. Qualquer pergunta mais específica posso responder. Bons estudos!

Thiago Bomfim.

4 – Destrinchando o sétimo tópico

7. PSICOLOGIA ORGANIZACIONAL E DO TRABALHO

a. Comportamento organizacional.

b. Grupos e equipes de trabalho nas organizações.

c. Saúde Mental e Trabalho.

d. Atuação profissional no contexto organizacional.

 

Esse é um tópico que eles só apontam um livro base como bibliografia. Pelo visto, nas últimas provas, representa em média 02 ou 03 questões por ano. Por isso, considero uma leitura muito importante. Aparentemente é um livro chato, principalmente para os que não têm interesse por esse segmento. Entretanto, é bom seguir as dicas que os subtópicos nos indicam.

Os subtópicos B e C são capítulos do livro (respectivamente 11 e 08). Destaco o capítulo 08 e as características das teorias do estresse. Para quem não dispõe de muito tempo é válido copiar e fixar os quadros das páginas: 296-297. No capítulo sobre equipes o quadro da página 371 é importante; tanto quanto o segmento do capítulo que versa sobre os 05 estágios de desenvolvimento das equipes de trabalho.

O subtópico D está diluído nos 02 últimos capítulos do livro. Bom, é algo bem genérico, mas não custa revisar e anotar o histórico do desenvolvimento da psicologia organizacional no mundo e no Brasil.

O subtópico A é o mais abrangente do tópico 07. Algumas coisas eu pontuo como passíveis sempre de questionamentos: cultura organizacional – definição e componentes; comprometimento – definição e tipos; motivação – teorias. Outra dica é prestar atenção nas palavras em negrito de todos os capítulos. Toda conceituação é destacada dessa forma.

 

Por fim, apesar de não explícito no assunto, é recomendável uma visão pormenorizada do código de ética. Em destaque: princípios fundamentais VI e VII; todo o artigo 2º.; artigo 3º (muito importante); artigo 9º; artigo 10º; artigo 21º (sanções disciplinares.

 

Questões referentes ao tópico nos últimos três anos

2009

67;70;71

2010

69;77

2011

62;63;64

3 – Destrinchando o primeiro tópico

1. METODOLOGIA DA INVESTIGAÇÃO PSICOLÓGICA

a. Tipos de pesquisa: os objetivos e métodos – limitações e vantagens.

b. Problemas, delineamentos e etapas de pesquisa.

c. Processos de mensuração – a psicometria.

d. Técnicas e instrumentos de medida psicológica.

e. Análise de itens, normas e padronização, validade e fidedignidade das medidas.

 

Para cumprir o subtópico A é fundamental a leitura do (capítulo 02 de Psicologia Social – Rodrigues).

No livro de Urbina, encontra-se o subtópico B.

Para os subtópicos C e E é necessária a leitura dos capítulos iniciais de Erthal (não se prendam a parte final dos livros – referente a cálculos que não tem sido cobrados). São livros fáceis de assimilar, entretanto, para estruturar o estudo por possuir inúmeras definições, é válida a elaboração de quadros comparativos sobre: limitações e vantagens dos tipos de pesquisa; tipos de escala: características e utilização; as definições e tipos de normas de padronização: validade e fidedignidade.

 

Há sempre um número considerável de questões referente à aplicação de testes. Sei que sobre testes é difícil dominar sem ter experiência com a aplicação. Não acho que vocês precisem sair aplicando todos os testes e decorando. É se habituar ao básico de alguns testes para isso é interessante se atentar para a sessão do livro de Cunha sobre as técnicas que as descrevem com brevidade e características básicas.  Cumprindo assim o tópico D. Acho que vale a pena dá uma olhada sobre psicodiagnóstico no livro de Cunha também como adicional. Quase sempre existem quesitos correlacionando um teste ou inventário com um objetivo específico, ou público-alvo característico do psicodiagnóstico.

 

Questões referentes ao tópico nos últimos três anos

2009

42;43;44;64;66

2010

42;65;

2011

69;73;77;78

2 – Análise das últimas provas

Aqui segue uma análise das três últimas provas com a porcentagem de questões por tópicos, para ter uma estimativa do padrão e variação da prova. Posso ter cometido alguns equívocos, pois alguns tópicos e questões ultrapassam a barreira que delimita apenas 01 tópico e foi difícil categorizar, mas mesmo assim considero algo legal de visualizar.

Os números no gráfico representam o tópico e a porcentagem que caiu nas provas. Numa análise geral podemos verificar que os tópicos 03 (psicologia do desenvolvimento), 02 (psicopatologia) e 08 (clínica psicoterápica) destacam-se sobre os demais.

Sobre o 3º tópico, cabe ressaltar a importância da teoria de Piaget, muito cobrada no histórico de provas. Sugiro uma esquematização da teoria com etapas isolando também os conceitos do autor.

Já sobre psicopatologia, deve-se atentar para os jargões psiquiátricos e suas definições. Uma repassada no glossário de um bom livro de psicopatologia é muito importante.

Acerca do tópico 08, o destaque será sempre Freud, Jung e Lacan. Sugiro a leitura dos 2 primeiros no livro do Lindsey e o 3º vale a pena conferir o livro do próprio colocado no edital.

Os assuntos menos cobrados são 04 (psicologia da aprendizagem e educação) e 09 (psicologia hospitalar). Entretanto, não significa que esses tópicos não possam ser abordados na próxima prova.

 

Como já pontuado, em média menos de 3% dos inscritos em Psicologia conseguem ultrapassar os cortes em todas as matérias. O último aprovado atinge em média 65% dos acertos da prova específica (26 questões das 40). Comprova-se que você é seu maior concorrente. E que cada dia de leitura ou resolução de questões pode ser o seu diferencial.

 

Disciplina, perseverança, estruturação, dedicação, comprometimento, entrega. Não há outro caminho.

 

Depois do exposto, postarei as dicas específicas de cada tópico. O meu recorte, ou seja, o mapa que proponho não é suficiente para aprovação. Minhas dicas jamais podem ser vistas como “cinco passos para aprovação”. Apenas o que proponho é poupar tempo, ajudar a vocês, futuros colegas, a encontrar os tópicos nas obras.

1 – Primeiros passos

Colocarei algumas dicas de como enfrentar a prova da EsFCEx. Abaixo seguem algumas considerações antes de especificamente tentar destrinchar os tópicos conforme o edital. Algumas coisas podem parecer óbvias, mas acabamos nos surpreendendo, muitas vezes, por não nos atentarmos.

 

1- Por mais que pareça óbvio, muita gente não lê o edital inteiro (até depois da aprovação). Ler e reler o edital é fundamental. Todo o concurso está vinculado ao edital e, assim sendo, é nele que podemos exaurir a maioria das nossas dúvidas. Desde o formato da prova, critérios de desempate a requisitos para os cargos;

 

2- Afora o edital, todo candidato tem de se atentar a relação bibliográfica. Diferentemente de outros concursos, além de estruturar por tópicos, a EsFCEX também destrincha esses tópicos dando pistas do que mais tem a tendência em cair. Outro ponto de extrema importância é a lista dos livros. Alguns tópicos possuem mais de um referência, entretanto, outros dizem respeito apenas a um ou dois livros e os subtópicos ainda são capítulos desses livros ou subtópicos dos mesmos;

 

3- A preparação para  prova deve ser pelas suas provas anteriores para habituação com o formato das perguntas, pegadinhas e assuntos. É muito importante resolver ou visualizar as últimas provas (atentando-se para mudanças nos livros cobrados);

 

4- Todo ano as inscrições aumentam e, mesmo assim, percebemos que o percentual de pessoas que ultrapassam o corte continua diminuto (menos de 3% em média para Psicologia). Não adianta passar apenas nas específicas, apesar do peso três. As gerais também precisam ser estudadas e muitas vezes decidem a vaga (fazem parte dos critérios de desempate). Não, não pensem que o que aprenderam no colégio será suficiente para atingir os 50% nas gerais. Para quase todos não é. E a cada dia as provas ficam mais difíceis;

 

5- É recomendável começar a prova pela matéria com maior segurança. A visualização virtual dos possíveis acertos confere maior confiança para o resto das questões. Após fazer a prova no sentido crescente (de acordo com o número de questões), revise ou resolva de trás para frente. Uma questão posteior pode oferecer um dica ou remomorar um assunto anterior;

 

6- Não perca tempo torcendo para que entidades ou forças da natureza faça com que você lembre de determinada questão. Circule a questão, faça o resto da prova e depois só volte para as questões circuladas. Além de perder tempo, a insegurança ao focar em uma questão não sabida pode prejudicar as subsequentes;

 

7- Viva o concurso. Procure o máximo de informações possíveis: fotos, depoimentos, estórias, legislação, dentre outras coisas;

 

8- Não se prenda a um formato ideal de estudos. Cada pessoa possui estratégia e formas de apreensão distintas. Explore, teste, econtre seu melhor rendimento: turno preferido; quantidade de horas; intercalar exercícios com leituras; recorrer a recursos audiovisuais; resumir os livros; colar dicas no guarda-roupa etc;

 

9- Para o pessoal de Psicologia. Como vimos nessa última prova. As leituras não poderão se esgotar apenas nos livros. Procurem artigos científicos relacionados aos tópicos e subtópicos;

 

10- Nada exposto aqui será o diferencial para a aprovação. Cada um concorre consigo mesmo. Espero poder diminuir as incertezas e sugerir algumas coisas que funcionaram para mim.

 

Após a apresentação destas advertências genéricas, vou sugerir especificidades de acordo com os tópicos específicos da nossa área. A proposta é: através da análise das últimas três provas, correlacionar tópicos, livros e questões.