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6 – Dúvidas durante o estudo

Quando comecei a estudar, um dos principais problemas era não conhecer ninguém que tinha passado nesse concurso em psicologia. Pesquisei nas comunidades da ESFCEX e não consegui encontrar. E uma base vinda de uma pessoa que já tinha feito o que eu estava fazendo, com todo o seu conhecimento a respeito de planejamento e leitura é essencial.

 

Outra dúvida que surgiu durante o estudo era de como seria o curso de formação e logo após a conclusão, como por exemplo, onde eu poderia atuar e em quais condições. Descobri que o site da ESFCEX cita algumas áreas e matérias que vamos encontrar no curso e posteriormente:

 

“A incorporação anual de psicólogos de carreira aos quadros do Exército Brasileiro tem atendido às necessidades organizacionais e contribuído para o desenvolvimento de uma cultura institucional de valorização da Psicologia no campo educacional, na área hospitalar, no desenvolvimento de pesquisas científicas e nas operações psicológicas. Na área de Psicologia, as disciplinas destinadas a preparar o oficial aluno para o exercício da profissão no contexto organizacional militar são: a Estrutura e o Funcionamento do Ensino no Exército, a Orientação Vocacional, a Psicologia Clínica, a Seleção de Pessoal, a Psicometria e as Operações Psicológicas. Estas disciplinas contribuirão para o desempenho profissional dos oficiais alunos nos campos de atuação anteriormente citados. Além disso, os oficiais alunos são solicitados a elaborar artigos científicos e a produzir um trabalho interdisciplinar de interesse institucional durante o período do curso”.

 

Mesmo com essas informações, as dúvidas não foram sanadas totalmente e tenho certeza que só vão acabar quando começar o curso (CFO). Aí, poderei compartilhar com vocês tudo que irá ocorrer na ESFCEX.

 

André.

5 – Motivação

Ás vezes, queremos começar a fazer algo, a longo prazo, sem um propósito que seja o norteador de sua caminhada. E quando alguém tem um propósito, tornar-se algo quase simultâneo a necessidade de termos e mantermos nossa motivação. E essa característica – motivação – seria o sustentáculo de todo o processo de estudo. Digo isso, pois, durante o tempo de estudo vai bater o desânimo, vai bater a dúvida e, ainda por cima, a pessoa não tem a certeza do que poderá acontecer – se vai passar ou não vai. E é ai que aparece a motivação e faz com que toda essa dúvida e incerteza desapareçam, pois você percebe que está no caminho certo.

 

No meu caso, lembro que muitas vezes eu achava que era muito difícil passar nesse concurso por ter apenas 2 vagas para o Brasil todo, mas nessas horas eu parava e ia no you tube, colocava o nome esaex (há 1 ano atrás, ainda se chamava assim) e via a formatura e alguns vídeos relacionados ao curso de formação, como por exemplo o vídeo que você pode encontrar abaixo:

 

http://www.youtube.com/watch?v=dmOeVYczOLw&feature=player_embedded

 

Isso me motivava muito e me dava forças para estudar mais um dia, mais uma semana, mais um(ns) mês(es) até eu conseguir a aprovação.

 

Por ser soteropolitano e morar em Salvador, o local onde fiz a prova da ESFCEX foi no Colégio Militar, muito próximo onde ocorre o curso de formação – até o ano passado, para chegarmos  ao local que seria realizada a prova, teríamos que passar pela ESFCEX, ou seja, tínhamos contato com toda a estrutura do local. Na primeira vez que fui fazer a prova – no ano anterior eu fiz para testar e conhecer a prova, sem pretensão nenhuma de passar, pois ainda estava no 9º semestre e não poderia começar sem ter o diploma – quando eu vi a estrutura, a organização, a limpeza, enfim, tudo de lá me encantou, e isso foi mais um motivador para intensificar os estudos.

André.

4 – Horas de estudo

Sobre esse aspecto, o que posso dizer é que se torna muito relativo. Digo isso, por 2 fatores: primeiro pela capacidade de tempo que uma pessoa leva para processar/aprender determinada quantidade de informações. E o outro aspecto seria a disponibilidade do estudante (trabalho, faculdade, família etc.). No meu caso, teve dias que eu só tinha tempo de estudar 2 horas, mas já tive dias que consegui estudar 10 horas (o meu recorde!), mas a minha média, a grosso modo, era umas 4/5 horas por dia.

André.

3 – Principais livros

Gostaria de enfatizar a importância de priorizar determinados livros, sendo prioritárias para o estudo. Dentre os quais ressaltaria todos os textos de Freud, DSM 4, os 2 livros de psicopatologia, psicologia organizacional e do trabalho no Brasil, psicologia cognitiva, psicologia social, pelo menos 1 livro de desenvolvimento, pelo menos 1 livro de teorias da personalidade, o livro Aprendizagem, comportamento, linguagem e cognição, pelo menos 1 livro de hospitalar, Piaget e Lacan elucidado.  Esses 14 livros seriam a base de seu estudo.

André.

2 – Impressão sobre a prova

Sobre a formulação da prova da ESFCEX relacionada à psicologia, a minha opinião é de que o conhecimento que o concurseiro tem de sua área obtida dentro da graduação não abarca nem 40% da bibliografia, pois são questões e livros totalmente específicos, que geralmente não caem em outros concursos. Infelizmente, sendo este o estilo que será o seu pano de fundo para começar os estudos, o estudante deve se adequar a essa forma de avaliação. E isso envolve uma série de fatores, começando pelo quê estudar, o que seria mais importante, plano de estudo – que estaria relacionado à quantidade e freqüência de estudo por dia, semana e meses -, além de fazer resumos, resolver questões anteriores e resolver muitos simulados. Consequentemente, as pessoas que focam somente na ESFCEX têm uma maior probabilidade de passar.

André.

1 – Preparação

Na verdade esta é uma parte do blog voltada para dizermos um pouco sobre nossa preparação/estruturação para o concurso. Não postarei “uma receita de bolo” com horas de estudos estipuladas, números de livros etc. Sempre optei por ter uma política um pouco diferente. Acho que a preparação tem que se adequar a melhor maneira de funcionamento do indivíduo e não o contrário. Logo, o que direi que fiz não é necessariamente um termômetro para sua preparação. Busque a melhor maneira de aproveitar seu tempo e a melhor forma de apreender os conteúdos. O que sugiro é: leia com bastante atenção os livros indicados, por mais que já exista um domínio do assunto. Vocês devem exaurir o conteúdo pelos livros. Grande parte das questões (quase  totalidade) perguntam especificidades ou conceituações do(s) autor(es) nas obras indicadas.

 

Nunca me preparei só para a EsFCEx. Na verdade desde março de 2010 divido o meu tempo para fazer entre 3 a 4 concursos por ano. Isso implica uma preparação média de 3 meses para cada concurso. Vou me ater ao que fiz para a EsFCEx esse ano (terceira vez que fiz).

 

Como já havia estudado bem português para outros concursos e não estudei essa matéria com afinco. Apenas revisei crase e figuras de linguagem. Depois de ver o gabarito pré-liminar me arrependi um pouco (fiquei com 04 acertos). No gabarito final fui contemplado com a alteração e as anulações (07 acertos). Por sorte, não senti muito pesar por focar nas outras matérias das gerais.

 

Para Geografia e História consegui um bom livro (de cada) e complementei com pdf´s de outros livros e apostilas que consegui na internet. Para cada matéria reservei 02 (duas) semanas. Fiz algumas questões para me sentir seguro e apto para atingir os percentuais mínimos. Acabei com (07 em história e 06 em geografia). Diante da dificuldade da prova e o investimento nas matérias fiquei feliz com o desempenho.

 

Era a terceira vez que tentava o concurso. A cada ano fui adquirindo o máximo de livros da listagem específica. E me estruturei durante 02 meses para ler o máximo possível dos livros indicados. Comecei estudando tudo aquilo que sabia menos ou não fazia noção. Além dessa estratégia eu mapiei a prova e fiz uma perspectiva da probabilidade de assuntos e temas. A partir disso dividi meu tempo para estudar cada livro. E apostei que alguns tópicos não cairíam e não estudei (hospitalar por exemplo).

 

Não foi nada muito bem estruturado. A minha rotina variava de 3 a 6 horas diárias de estudo. Acredito que em média lia 4 horas por dia. Não estudei aos finais de semana e não deixei o lazer de lado. Porém gosto de ter algo me policiando para adverter sobre estudar. E durante os estudos eu suspendi a cerveja.

 

Minha estratégia não foi ler apenas as obras, mas procurar extrair o que poderia ser perguntado e de que forma. Quais os principais conceitos e o que eu perguntaria sobre o tema. Alguns livros mais morosos eu só lia as partes em negrito e esmiuçava as definições dos conceitos. Em muitos casos é melhor decorar a definição do que entender o processo de construção.

 

De resto foi rever/refazer as provas anteriores para me formatar ao estilo da prova. Qualquer pergunta mais específica posso responder. Bons estudos!

Thiago Bomfim.

4 – Destrinchando o sétimo tópico

7. PSICOLOGIA ORGANIZACIONAL E DO TRABALHO

a. Comportamento organizacional.

b. Grupos e equipes de trabalho nas organizações.

c. Saúde Mental e Trabalho.

d. Atuação profissional no contexto organizacional.

 

Esse é um tópico que eles só apontam um livro base como bibliografia. Pelo visto, nas últimas provas, representa em média 02 ou 03 questões por ano. Por isso, considero uma leitura muito importante. Aparentemente é um livro chato, principalmente para os que não têm interesse por esse segmento. Entretanto, é bom seguir as dicas que os subtópicos nos indicam.

Os subtópicos B e C são capítulos do livro (respectivamente 11 e 08). Destaco o capítulo 08 e as características das teorias do estresse. Para quem não dispõe de muito tempo é válido copiar e fixar os quadros das páginas: 296-297. No capítulo sobre equipes o quadro da página 371 é importante; tanto quanto o segmento do capítulo que versa sobre os 05 estágios de desenvolvimento das equipes de trabalho.

O subtópico D está diluído nos 02 últimos capítulos do livro. Bom, é algo bem genérico, mas não custa revisar e anotar o histórico do desenvolvimento da psicologia organizacional no mundo e no Brasil.

O subtópico A é o mais abrangente do tópico 07. Algumas coisas eu pontuo como passíveis sempre de questionamentos: cultura organizacional – definição e componentes; comprometimento – definição e tipos; motivação – teorias. Outra dica é prestar atenção nas palavras em negrito de todos os capítulos. Toda conceituação é destacada dessa forma.

 

Por fim, apesar de não explícito no assunto, é recomendável uma visão pormenorizada do código de ética. Em destaque: princípios fundamentais VI e VII; todo o artigo 2º.; artigo 3º (muito importante); artigo 9º; artigo 10º; artigo 21º (sanções disciplinares.

 

Questões referentes ao tópico nos últimos três anos

2009

67;70;71

2010

69;77

2011

62;63;64

3 – Destrinchando o primeiro tópico

1. METODOLOGIA DA INVESTIGAÇÃO PSICOLÓGICA

a. Tipos de pesquisa: os objetivos e métodos – limitações e vantagens.

b. Problemas, delineamentos e etapas de pesquisa.

c. Processos de mensuração – a psicometria.

d. Técnicas e instrumentos de medida psicológica.

e. Análise de itens, normas e padronização, validade e fidedignidade das medidas.

 

Para cumprir o subtópico A é fundamental a leitura do (capítulo 02 de Psicologia Social – Rodrigues).

No livro de Urbina, encontra-se o subtópico B.

Para os subtópicos C e E é necessária a leitura dos capítulos iniciais de Erthal (não se prendam a parte final dos livros – referente a cálculos que não tem sido cobrados). São livros fáceis de assimilar, entretanto, para estruturar o estudo por possuir inúmeras definições, é válida a elaboração de quadros comparativos sobre: limitações e vantagens dos tipos de pesquisa; tipos de escala: características e utilização; as definições e tipos de normas de padronização: validade e fidedignidade.

 

Há sempre um número considerável de questões referente à aplicação de testes. Sei que sobre testes é difícil dominar sem ter experiência com a aplicação. Não acho que vocês precisem sair aplicando todos os testes e decorando. É se habituar ao básico de alguns testes para isso é interessante se atentar para a sessão do livro de Cunha sobre as técnicas que as descrevem com brevidade e características básicas.  Cumprindo assim o tópico D. Acho que vale a pena dá uma olhada sobre psicodiagnóstico no livro de Cunha também como adicional. Quase sempre existem quesitos correlacionando um teste ou inventário com um objetivo específico, ou público-alvo característico do psicodiagnóstico.

 

Questões referentes ao tópico nos últimos três anos

2009

42;43;44;64;66

2010

42;65;

2011

69;73;77;78

2 – Análise das últimas provas

Aqui segue uma análise das três últimas provas com a porcentagem de questões por tópicos, para ter uma estimativa do padrão e variação da prova. Posso ter cometido alguns equívocos, pois alguns tópicos e questões ultrapassam a barreira que delimita apenas 01 tópico e foi difícil categorizar, mas mesmo assim considero algo legal de visualizar.

Os números no gráfico representam o tópico e a porcentagem que caiu nas provas. Numa análise geral podemos verificar que os tópicos 03 (psicologia do desenvolvimento), 02 (psicopatologia) e 08 (clínica psicoterápica) destacam-se sobre os demais.

Sobre o 3º tópico, cabe ressaltar a importância da teoria de Piaget, muito cobrada no histórico de provas. Sugiro uma esquematização da teoria com etapas isolando também os conceitos do autor.

Já sobre psicopatologia, deve-se atentar para os jargões psiquiátricos e suas definições. Uma repassada no glossário de um bom livro de psicopatologia é muito importante.

Acerca do tópico 08, o destaque será sempre Freud, Jung e Lacan. Sugiro a leitura dos 2 primeiros no livro do Lindsey e o 3º vale a pena conferir o livro do próprio colocado no edital.

Os assuntos menos cobrados são 04 (psicologia da aprendizagem e educação) e 09 (psicologia hospitalar). Entretanto, não significa que esses tópicos não possam ser abordados na próxima prova.

 

Como já pontuado, em média menos de 3% dos inscritos em Psicologia conseguem ultrapassar os cortes em todas as matérias. O último aprovado atinge em média 65% dos acertos da prova específica (26 questões das 40). Comprova-se que você é seu maior concorrente. E que cada dia de leitura ou resolução de questões pode ser o seu diferencial.

 

Disciplina, perseverança, estruturação, dedicação, comprometimento, entrega. Não há outro caminho.

 

Depois do exposto, postarei as dicas específicas de cada tópico. O meu recorte, ou seja, o mapa que proponho não é suficiente para aprovação. Minhas dicas jamais podem ser vistas como “cinco passos para aprovação”. Apenas o que proponho é poupar tempo, ajudar a vocês, futuros colegas, a encontrar os tópicos nas obras.