RESUMO DAS PROVAS DE HISTÓRIA

RESUMO DAS PROVAS DE HISTÓRIA

a)      Invasões holandesas:

– A invasão holandesa no Nordeste brasileiro durante o século XVII está relacionada à União Ibérica que atrapalhou os interesses holandeses no comércio do açúcar levando o governo da Holanda a optar pela ocupação das zonas produtoras no Nordeste.

– As invasões se relacionam às desavenças entre holandeses e espanhóis, acirradas durante o processo de independência das províncias do Norte, entre as quais a Holanda que, juntamente com outras províncias dos Países Baixos, foi dominada durante algum tempo pela Espanha.

– Em 1630, os holandeses chegaram a Pernambuco, dominando, sem maiores problemas, Recife e Olinda, apesar dos preparativos de defesa efetuados pelos pernambucanos;

b)      Brasil colônia:

– administração colonial: o objetivo geral da criação do Governo Geral, estabelecido em Salvador em 1549, era centralizar a administração metropolitana na própria colônia;

– As câmaras municipais NÃO representavam a única manifestação autônoma da colônia.

– A abertura dos portos em 1808 beneficiou consideravelmente a Inglaterra;

– Nas áreas do Nordeste e Rio de Janeiro, é possível identificar uma situação de recuperação, marcado pelo surgimento no século XVIII de um novo mercado consumidor nas regiões mineradoras, a partir do “renascimento agrícola”;

– A política pombalina marca o século XVIII, uma vez que proporcionou a instalação de refinarias em Portugal e a criação das Companhias de Comércio do Grão-Pará e do Maranhão;

c)       Revoltas coloniais:

– Sabinada: o alvo do descontentamento era o governo do Regente Feijó, acusado de despotismo pelo jornal Novo Diário da Bahia. Os revoltosos, após a fuga do presidente da província, constituíram um governo provisório e lançaram um manifesto proclamando a independência. Foram derrotados em 1838 pelo governo imperial com o auxílio de fazendeiros do Recôncavo;

– Balaiada: com o apoio do partido liberal, cujos integrantes eram conhecidos por bem-te-vis e de escravos liderados pelo Preto Cosme, os revoltosos lutaram de 1838 a 1842. O coronel Luís Alves de Lima e Silva perseguiu implacavelmente os revoltosos. Este confronto deixou um saldo de aproximadamente 6 mil mortos, entre cativos e sertanejos pobres;

– Guerra dos Farrapos: apoiado pela elite estancieira, o movimento conquistou também a adesão das camadas médias urbanas e de setores do Exército;

– Conjuração baiana: um dos elementos de inspiração do movimento era o ideário revolucionário da República jacobina estabelecida na França entre 1793 e 1794. Os cavaleiros da luz, denominação dos integrantes da sociedade maçônica baiana, impulsionaram o movimento de resistência fazendo circular panfletos que atacavam ferozmente a administração local. O contexto da transferência da capital da colônia para o RJ agravou a situação das camadas mais pobres, sobretudo, pelo aumento nos preços dos produtos e pela diminuição da oferta de empregos na capitania da Bahia;

 

d)      Brasil Império:

– no II Reinado, desenvolveram-se no Brasil as atividades urbanas, caracterizadas pela criação de bancos, construção de ferrovias, abertura de casas comerciais. Esse movimento foi favorecido pelo impulso da renda advinda da produção cafeeira, pelo expressivo aumento das tarifas alfandegárias que ajudaram no incremento da produção manufatureira, pela sobra oriunda do fim do tráfico negreiro e pela guerra de Secessão nos EUA que estimulou a produção de algodão no Brasil;

 

e)      Guerra do Paraguai:

 

– O tratado da Tríplice Aliança, assinado em 1865 por representantes do Brasil, da Argentina e do Uruguai, representava um acordo político, econômico e militar contra o Paraguai;

– Uma das conseqüências da guerra é o fortalecimento da identidade nacional. Ao mesmo tempo, a guerra significou a consolidação do Exército brasileiro como uma importante instituição do Império, passando a exigir uma participação mais ativa na política imperial, o que não era bem visto pela elite política tradicional.

– Os interesses na região platina levaram o Brasil a participar da guerra contra Oribe e Rosas. O primeiro, presidente do Uruguai e líder do partido Blanco e o segundo, presidente da Argentina, que apoiava o presidente uruguaio visando anexar o Uruguai;

– A proibição da navegação brasileira em águas paraguaias e a invasão do território do Mato grosso pelas tropas de Solano López foram o estopim deflagrador do conflito;

– A assinatura do tratado da tríplice aliança em 1865 representou uma derrota diplomática para o Paraguai, que contava com a neutralidade do governo argentino e com o apoio da população de Corrientes, província invadida no mesmo ano;

 

f)       Período regencial:

– O Brasil regencial foi um período politicamente agitado e violento, com uma grande massa de marginalizados da participação política e uma elite que lutava entre si, denominando-se liberais ou conservadores, mas, na prática, se articulavam para a manutenção de seus privilégios;

 

g)      Constituição 1891:

– A elaboração da primeira constituição republicana foi orientada por Rui Barbosa e tomou como base o modelo norte-americano. Mandato de 4 anos, sem reeleição.

 

h)      Tenentismo

– movimento político desencadeado durante a década de 20 por jovens oficiais, a maioria tenentes e capitães, em oposição ao governo e à alta oficialidade, que defendia os interesses da oligarquia. O ápice do movimento ocorreu durante a chamada coluna prestes que percorreu milhares de quilômetros pelo interior do país combatendo as tropas do governo e as forças oligárquicas;

– Um dos resultados práticos mais evidentes da Revolução de 1930 foi a centralização das decisões a respeito da política cafeeira;

 

i)        República velha

 

– Uma das importantes motivações para o advento da República no Brasil foi a perspectiva federalista emanada de algumas províncias;

 

– A abolição da escravidão, em 1888, provocou uma séria crise econômica com a desorganização da produção, ausência das garantias hipotecárias baseadas nos escravos e falta crônica de moeda circulante;

– Guerra de Canudos: episódio ligado ao messianismo e ao revolucionarismo primitivo. A guerra ocorreu no sertão da Bahia e está relacionada às pregações antirrepublicanas do beato Conselheiro;

– Jacobinistas: liderados por Floriano Peixoto, defendiam a militarização da República e um acelerado crescimento econômico.

– Encilhamento: conseqüência da política econômico-financeira de Rui Barbosa que através de emissões e facilidades de crédito buscava promover o desenvolvimento do país;

– Iniciou-se a instalação de fábricas de pequeno e médio porte voltadas para a produção de bens de consumo, mas logo atraiu investidores da indústria automobilística norte-americana, como a Ford e a General Motors, que se instalaram, ainda nos anos 20 do século passado, na cidade de SP;

j)        II Guerra Mundial

– houve o comprometimento definitivo do Brasil à causa aliada que trouxe a presença de tropas norte-americanas ao Norte e Nordeste do país, bem como o envio de material militar, inicialmente aeronaves de combate, a fim de auxiliar na patrulha antissubmarina, proteção de comboios e, eventualmente, proteger contra um ataque alemão.

– Vargas não tomou posse da conta bancária de alemães aqui residentes;

k)      J.K

– Os dois setores estratégicos que J.K preservou para o controle nacional foi a mineração e siderurgia;

– Fez uma política desenvolvimentista que aplicou muitos recursos em áreas estratégicas, como transportes e energia, mas fracassou nos aspectos sociais gerando grande insatisfação popular, principalmente entre os trabalhadores rurais;

l)        Lula

– Nos dois primeiros anos de mandato, Lula buscou afirmar uma posição de liderança do Brasil na América Latina;

– Reconheceu nos países de economia emergente a possibilidade de crescimento da economia, por isso, buscou estreitar relações com países como a Índia, a África do Sul, a China e alguns países árabes;

– Conseguiu junto à OMC, a condenação dos EUA e da U. Europeia pela prática de subsídios aos produtos americanos e europeus;

 

m)    Sarney

– reatou relações diplomáticas com Cuba;

 

n)      FHC

– colapso da economia mundial, iniciada em 1997, nos países do Sudeste Asiático, atingindo posteriormente a federação russa, produziu reflexos no Brasil.

– grave crise de abastecimento de energia, conhecida como apagão;

– aprovação da Lei de Responsabilidade fiscal, com o objetivo de impedir que prefeitos, governadores e o próprio presidente da República gastem mais do que o estabelecido no orçamento;

– aprovação da LDB;

 

  • o)      Constituição 1988:

– independência entre os 3 poderes / eleições diretas em dois turnos para presidência, governos estaduais e prefeituras com mais de 200 mil eleitores;

– limitou a jornada de trabalho para 44 horas semanais, estipulou o seguro-desemprego, ampliou a licença maternidade para 120 dias e concedeu licença-paternidade, fixada mais tarde em 5 dias;

– proibiu a ingerência do Estado nos sindicatos e assegurou aos funcionários públicos o direito de se organizarem em sindicatos e utilizar a greve como instrumento de negociação, salvo nos serviços essenciais;

– procurou dificultar as demissões ao determinar o pagamento de uma multa de 40% sobre o valor total do FGTS nas dispensas sem justa causa;

 

p)      Greves operárias:

– durante a Primeira República, começaram a se desenvolver as classes médias urbanas, assim como a classe operária, que cresceu extraordinariamente à medida que a industrialização se expandiu;

– nas cidades que concentravam a maior parte das indústrias (SP e RJ), cerca de 50% dos operários eram imigrantes europeus, como portugueses, italianos, espanhóis ou seus descendentes;

– as condições de trabalho eram bastante precárias e não havia leis regulamentando a relação patrões-empregados. As jornadas de trabalho eram muito longas; não havia férias, aposentadoria ou descanso semanal remunerado; não havia proteção para o trabalho de mulheres e crianças;

– os operários procuraram se organizar para defender seus interesses, criando associações de auxílio mútuo, fundando jornais e sindicatos, reunindo-se em congressos. Houve também muitas greves nas cidades que concentravam o maior número de indústrias. A maior delas ocorreu em SP, em 1917, envolvendo cerca de 45.000 trabalhadores e paralisando a cidade.

– Por conta das grandes agitações lideradas por operários imigrantes, o governo promulgou uma lei, em 1907, que expulsava do país o estrangeiro que ameaçasse a segurança nacional ou a ordem pública.

q)      João Goulart

– As reformas de base propostas por J. Goulart encontraram forte oposição das associações patronais, sobretudo, por implementar uma política de tributação que consistia no imposto progressivo (quanto maior a renda, mais alta a alíquota do imposto).

– Na marcha liderada por empresários, representantes das camadas médias urbanas e setores da igreja, intitulada Marcha da família com Deus pela liberdade, os manifestantes atacavam diretamente o “comunismo” do governo Goulart;

 

r)       Collor

– Seu modelo econômico é o de incentivos fiscais à importação e privatização de empresas estatais consideradas deficitárias ou pouco competitivas;

 

s)       Era Vargas

– Governo provisório: entre a política de arregimentação da classe trabalhadora implantou-se a Lei de Sindicalização, a partir da qual os sindicatos tornavam-se órgãos consultivos e de colaboração com o governo. Suspensão da constituição republicana de 1891 com o fechamento dos órgãos legislativos e a indicação de interventores militares para os estados. Não houve nessa etapa código de interventores nem acordo comercial com EUA por causa da crise econômica;

– Em relação ao operariado, o Estado Novo procurou anular a sua influência por meio de uma política trabalhista que negava a luta de classes;

– No segundo governo de Vargas (1951-1954), apesar das amplas liberdades consagradas na Constituição vigente, o direito de greve sofreu considerável restrição, dependendo de autorização judicial para configurar-se como legal.

– Durante a década de 1950, parte das atitudes oposicionistas advinha de comandantes militares, cuja ideologia era o anticomunismo de inspiração norte-americana;

 

t)       Revolução Praieira 1848: a insatisfação com a centralização política e o favorecimento do Centro-Sul, além do combate ao domínio oligárquico dos grandes senhores de engenho e ao monopólio do comércio pelos portugueses foram as causas;

 

u)      Escravidão

– O uso da mão de obra escrava pelos colonos não conflitava com os interesses da coroa e nem com os dos jesuítas, mas ao insistirem no cativeiro indígena, os colonos despertaram a oposição dos inacianos;

– As relações contrárias aos padres jesuítas por parte dos colonos acentuou-se pelo fato de os lusos acreditarem que os inacianos retardavam o desenvolvimento de suas atividades econômicas ao dificultar o uso da mão de obra indígena;

– Apesar da importância do café para o conjunto da economia nacional, nas décadas de 1870 e 1880, mais da metade da população escrava existente nas províncias cafeeiras estava alocada em municípios, cuja produção voltava-se para a economia interna;

– O trabalho livre foi implantado no Centro-Oeste para acompanhar o avanço da agricultura de alimentos, da agropecuária e, sobretudo, da pecuária extensiva voltada para o mercado interno;

 

v)      Ligas camponesas: tiveram origem no movimento de trabalhadores rurais do Nordeste, na década de 1950, que lutavam pelo acesso à terra e melhores condições de trabalho. O primeiro congresso Nacional de trabalhadores agrícolas ocorreu sob a liderança de Francisco Julião e pregou a reforma agrária e a extensão das leis trabalhistas no campo;