RESUMO GEOGRAFIA

RESUMO GEOGRAFIA apostila azul

– As atividades econômicas desenvolvidas no Brasil ao longo da história estão associadas às potencialidades naturais do território.

– Um fato que se destaca nos três primeiros séculos de ocupação do território brasileiro é a descontinuidade espacial, formação de “ilhas”;

– Os tropeiros e pecuaristas foram os principais responsáveis pela consolidação de rotas mais duradouras, bem como pela instalação de áreas de pouco, que gradativamente se tornaram núcleos de povoamento;

– O século XIX destacou-se pela aceleração do processo de expansão do território a partir de várias atividades econômicas;

– O século XX marcou a consolidação do território brasileiro não somente por sua efetiva ocupação, como também pelo processo de integração, que possibilitou, com as vias de transporte, superar o caráter de “arquipélago”;

– somente nas últimas décadas do século XIX passou-se a empregar o trabalhador livre;

– O crescimento da economia agroexportadora foi decisivo para o impulso industrial das últimas décadas do século XIX.

– Graças à demanda interna e políticas estatais (financiamentos, protecionismo) é que a indústria brasileira teve avanço através do processo de substituição de importações.

– A partir da crise de 1929, a atividade industrial passou a ser o carro-chefe da economia, ultrapassando o setor agroexportador.

– A obtenção de financiamento norte-americano para criação da indústria siderúrgica representou a chegada da Segunda revolução industrial no Brasil;

– em 1940, o espaço ainda é fragmentado e pouco integrado;

– As fronteiras regionais podem ou não coincidir com as divisões político-administrativas estabelecidas;

– 1ª divisão do Brasil em regiões: 1941, pelo IBGE, 21 estados, 1 território, 1 distrito federal, 5 regiões de acordo com características naturais e limites político-administrativos dos estados;

– Divisão do Brasil atual: divisão de 1967 + alterações de 1988, ou seja, Roraima e Amapá passam a ser estados, criação do estado de Tocantins pela divisão do norte de Goiás, 26 estados e 1 distrito federal, totalizando 27 unidades político-administrativas. O Brasil encontra-se dividido em 5 macrorregiões.

– Os constantes déficits da balança comercial, associados às leis de redução das remessas de lucros, dificultaram a aceleração da industrialização. Somente na segunda metade dos anos de 1950, no governo J.K, houve uma guinada em relação à obtenção de capitais externos.

– O Estado permaneceu implantando a infraestrutura (transportes, energia, comunicações) e criando e expandindo as indústrias de base (siderúrgica e petroquímica), porque eram considerados setores de riscos. Apesar disso, a industrialização brasileira passou a depender da expansão capitalista dos países centrais, ou seja, dos investimentos das multinacionais;

– As empresas de capital nacional passaram a ocupar um papel secundário diante das multinacionais e das estatais;

– Depois do golpe militar de 1964, cresceu de modo significativo o elo entre a economia brasileira e o capital internacional;

– O conhecido milagre econômico provocou forte concentração de renda. O milagre foi encerrado com a primeira crise do petróleo em 1973;

– Nordeste:

a) grande variedade de paisagens climatobotânicas, por isso possui 4 sub-regiões: zona da mata, agreste, sertão e meio-norte;

b)No meio-norte a expansão ocorreu no sentido norte-sul;

c) Seu primeiro grande surto industrial ocorreu durante os governos militares com incentivos da SUDENE. As principais áreas industriais são Salvador, Recife e Fortaleza;

– Sudeste:

a) SB = cidade mundial;

b) A produção agrícola da região apresenta os maiores níveis de mecanização do país. Importantes agroindústrias de laranja e cana de açúcar estão principalmente no estado de SP. No entanto, como em outras regiões, essa agricultura moderna coexiste com cultivos tradicionais e pouco mecanizados;

– Sul:

a) maior parte na zona temperada;

b) seu crescimento demográfico e econômico começou a ocorrer apenas no século XIX através dos imigrantes europeus com um sistema de pequenas propriedades. Apresenta os melhores indicadores sociais em saúde e educação.

– Centro-oeste:

a) Sempre se manteve afastado do centro das decisões políticas. A partir da segunda metade do século XX, o sul da região recebeu os reflexos do crescimento da economia paulista.

b) com as rodovias que ligavam a nova capital ao restante do país, migrantes sulinos, em grande maioria, passaram a desbravar o cerrado com o cultivo de grãos. O baixo preço da terra naquele momento é que provocou a atração.

– Norte:

a) O primeiro grande surto de ocupação foi com a borracha entre 1870 e 1910;

b) A partir dos governos militares é que a região se integrou ao contexto nacional a partir de duas grandes rodovias: a transamazônica e a Cuiabá-santarém;

c) Atualmente, a região apresenta a maior concentração de grandes propriedades do Brasil;

– Com o enriquecimento, o Sudeste, liderado pela cidade de SP, tronou-se o grande articulador do processo de integração nacional. As demais regiões passaram a gravitar em torno dele;

– Regiões geoeconômicas: Amazônia, nordeste e centro-sul. Feita pelo geógrafo Pedro Pinchas Geiger, de acordo com os processos socioeconômicos e os limites dessas regiões não respeitam os limites político-administrativos dos estados.

– No século XX, os geógrafos Milton Santos e Maria Laura Silveira apresentaram uma nova proposta, com a divisão em 4 regiões de acordo com o meio técnico-científico-informacional e são elas: Amazônia, nordeste, centro-oeste e REGIÃO CONCENTRADA (sudeste + sul).

– Na região concentrada, estariam implantados os níveis da técnica, da ciência e da informação que lhe garantiriam participar mais efetivamente do processo de globalização. Dessa forma, a região concentraria atividades relacionadas ao setor terciário e de serviços superiores (finanças, marketing),

– Na região concentrada também haveria atividades industriais de ponta e atividades agrícolas mecanizadas e com alta produtividade. As demais regiões estariam em estágios técnico-científicos menos avançados.

– 60% da Amazônia encontra-se em território brasileiro. A Amazônia brasileira se chama AMAZÔNIA LEGAL e compreende a região norte, o MT e algumas porções do MA;

– SIVAM = sistema de vigilância da Amazônia, criado em 1990, para controle do espaço aéreo e presença das forças armadas na região.

– SIPAM = sistema de proteção da Amazônia, promove o levantamento de informações que subsidiam as ações de proteção da Amazônia;

– O capital externo também financiou a Amazônia;

– O desenvolvimento não uniforme do país está relacionado, entre outras razões, à sua grande extensão territorial;

– atualmente, a região Sudeste desempenha o papel de líder na formação do mercado interno; são as demandas nela geradas que resultam na ocupação dos espaços econômicos mais importantes do país.

– Nas últimas décadas, tem-se verificado um movimento de desconcentração das atividades industriais rumo a outras regiões brasileiras;

– Polos de desenvolvimento foram criados durante a ditadura como o poloamazônia, o pólo centro e o pólo noroeste, que incentivavam a exploração mineral e projetos agropecuários direcionados à exportação;

– no governo Lula, o Estado ampliou sua participação em obras públicas;

– A ocupação da Amazônia se fez em surtos ligados a demandas externas seguidos de grandes períodos de estagnação e decadência;

– Em SP, a maioria das ferrovias empregou capital nacional, com exceção da SP railway. Nas demais partes do Brasil, foi o capital inglês que financiou;

– ao final da década de 1950, o Estado estatizou boa parte das ferrovias. As ferrovias não integram regiões, mas ligam as áreas produtoras aos portos;

– causas da decadência das ferrovias: crescimento da indústria automobilística no país + pressão das multinacionais do setor no sentido de estimular o crescimento das rodovias;

– Não se pode negar que as rodovias contribuíram para a integração intra e interregional. Em outras palavras, enquanto o traçado das ferrovias era determinado pela áreasprodutoras de bens e seu objetivo principal era o escoamento da produção, as rodovias, com traçado mais flexível, permitiram novas ligações entre espaços diferenciados;

– cerca de 90% das rodovias se encontram ainda sem pavimentação;

– BR 364 = Cuiabá-Porto Velho. Essa estrada promoveu o rápido povoamento de Rondônia. O processo de ocupação teve a ação direta do Estado. Ao longo dessa rodovia ocorreu uma ocupação desordenada tanto por particulares como por companhias colonizadoras. Ali se instalaram milhares de migrantes, sobretudo sulinos, que provocaram intenso processo de desmatamento;

– O Brasil chega ao século XXI com um elevado grau de integração territorial;

– Na segunda metade da década de 1990, as principais rodovias passaram por privatização por meio de concessões;

– A região norte foi quem mais cresceu economicamente, por causa da expansão da agropecuária, como o arroz, a soja e o gado bovino;

– A principal hidrovia brasileira é formada pelos rios Paraná e seu afluente, o Tietê. As barcaças que percorrem o rio transportam soja, álcool, milho, calcário e cana de açúcar;

– o potencial brasileiro em hidrovias não é plenamente utilizado;

– Apesar do extenso litoral, o Brasil não dispõe de um número elevado de portos. De modo geral, os portos brasileiros apresentam baixa eficiência técnica, como a morosidade na carga e descarga, a deficiência no armazenamento de mercadorias, etc.

– Atualmente, o maior porto exportador brasileiro é o de Tubarão (ES), especializado em minério de ferro. O porto de Santos (SP) destaca-se pela variedade de produtos exportados e importados;

– O sistema de transportes fluido concentra-se nas regiões sudeste e sul. Tal concentração se dá devido a um processo circular, no qual a divisão territorial do trabalho mais intensa gera uma maior necessidade de circulação, que encontra resposta na difusão dos transportes, que permitem, por sua vez, uma maior especialização e distribuição das funções produtivas. Tal processo circular leva a uma maior densidade do meio técnico em uma área contígua do território, denominada de Região concentrada;

TIPOS CLIMÁTICOS BRASILEIROS:

a)      O Brasil apresenta grande variedade de climas.

– 5 tipos climáticos:

  • Equatorial: Região norte, mEc, mEa e Zona de Convergência do atlântico sul influenciam. Temperatura média anual alta e baixa amplitude térmica. Setembro e outubro são os meses mais quentes e Junho a agosto os meses mais frios com o fenômeno da friagem. Pluviosidade alta e heterogênea.
  • Tropical equatorial: parte do Norte e do Nordeste. Inclui o semiárido, mas é mais amplo. Médias altas de temperatura. O semiárido possui de sete a oito meses de seca.
  • Tropical litorâneo do Nordeste oriental: clima úmido e quente, elevadas temperaturas, com chuvas entre o final do verão e o inverno.
  • Tropical úmido-seco ou tropical do Brasil central: clima quente e úmido no verão e quente e seco no inverno. Chuvas concentradas no verão, meses de novembro a março.
  • Subtropical úmico: massas de ar tropicais e polares. Regularidade na distribuição de chuvas, baixas temperaturas no inverno.

– El niño: mudanças bruscas na circulação da atmosfera e conseqüentes alterações nos índices pluviométricos e nas temperaturas em quase todo planeta. Significa o AQUECIMENTO das águas do pacífico e o enfraquecimento dos ventos alísios na região equatorial.

Consequências do El niño no Brasil: redução das chuvas no Norte, secas mais severas no Nordeste, superação das médias de chuva e temperaturas mais altas no MS, elevação da temperatura no inverno no Sudeste, maior ocorrência de chuvas e elevação da temperatura no Sul;

– La niña: RESFRIAMENTO das águas do Pacífico, intensificando os ventos alísios;

INDUSTRIALIZAÇÃO

– Com a chegada da família real em 1808, a revogação da medida que proibia indústria na colônia fez surgir algumas pequenas fábricas de transformação e beneficiamento de couro e de produção de tecidos e sapatos, formando a raiz da industrialização brasileira;

– Com a 1ª GM, além das indústrias de bens de consumo, surgiram fábricas de bens de produção, como pequenas siderúrgicas, metalúrgicas e fábricas de cimento;

– A tomada de poder por Getúlio Vargas, com a Revolução de 1930, consolidou a participação, nas estruturas do governo, de uma burguesia industrial nascente;

– 1940-1980 = período desenvolvimentista, planejamento integrado da economia. Implantar estradas, importar máquinas, expansão das indústrias siderúrgicas;

– Prioridades do governo militar: petroquímica, extração mineral, siderurgia, construção naval, mecânica, agropecuária e comunicações. Período de fortes investimentos públicos em obras estatais em setores considerados estratégicos, como o energético, o de transportes e o de extração mineral;

– Uma das características que marcaram todo o processo de industrialização brasileira foi a presença de capitais nacionais, estrangeiros e estatais.

– As empresas multinacionais entraram após a 2ª GM e atualmente concentram-se nos ramos automobilístico, farmacêutico, elétrico, eletroeletrônico e químico;

– Duas fases da indústria: do final do século XIX até 1970, houve concentração no Sudeste e Sul. De 1970 aos dias atuais, houve desconcentração pela ação do Estado;

– Duas condições para a desconcentração industrial: transporte eficaz e o progresso da ciência e da técnica, que permite o aumento da especialização dos lugares, muitas vezes separando a produção dos centros de decisão e comércio.

– A partir de 1980, o Estado diminuiu sua atuação na indústria.

– Tem ocorrido um significativo aumento da industrialização do Centro-Oeste, em grande parte encabeçado pelo setor agroindustrial, ligado à expansão da fronteira agrícola;

– O parque industrial brasileiro é bastante diversificado e beneficia-se do amplo mercado interno e forte potencial exportador.

– As novas descobertas de petróleo no litoral brasileiro possibilitaram a autossuficiência do Brasil;

AGRICULTURA

– propriedade da terra altamente concentrada;

– até a segunda metade do século XIX, o poder agrário estava associado à posse do escravo;

– A lei de terras e a abolição marcaram a transição para uma agricultura capitalista;

– Latifúndio: grande propriedade improdutiva

– A empresa rural não pode ser chamada de latifúndio;

– A moderna empresa rural surgiu após 1970, com a utilização da química e de outros ramos da ciência;

– A partir da década de 1970, juntamente com a implantação de tecnologia no campo, o movimento da fronteira agrícola passou para os estados do Centro-Oeste;

– Lavouras temporárias: todas aquelas utilizadas para o plantio de curta duração, geralmente menos de 1 ano. Ex: soja, milho, açúcar. As terras que estão em descanso também são lavouras temporárias;

– Lavouras permanentes: de longa duração, duram vários anos sem precisar de um novo plantio. Ex: café, laranja, cacau e banana;

– Pastagem natural: destinam-se ao gado e sua formação se deu sem o plantio.

– Pastagem plantada: se deu através do plantio. Predomina no Brasil.

– Matas e florestas naturais: áreas de extração vegetal e reservas florestais. Predomina.

– Matas e florestas plantadas ou artificiais: áreas empregadas para plantio comercial como o eucalipto e o pinheiro;

– a agricultura brasileira atingiu um alto grau de crescimento nos anos de 1970;

– Foram aumentadas as áreas de cultivo de produtos ligados à transformação industrial, como soja, madeira, cana e laranja e diminuídas as áreas de produtos de menor integração industrial como o feijão e a mandioca;

– Uma série de incentivos, como a diminuição de taxas e impostos, era dada aos produtos agrícolas que passassem por algum tipo de transformação industrial antes de serem exportados;

– O governo também implementou políticas agrícolas para os produtos voltados ao mercado interno, como o arroz, o feijão e o milho;

– As ligas camponesas existiram de 1945 a 1964 e ocupavam terras.

– Atividades como pequeno lazer ou pequenos negócios ganharam destaque a partir de 1980, configurando o “novo rural”;

– As novas atividades agropecuárias destacam-se com a criação de pequenos animais, flores, frutas e hortaliças, agricultura orgânica. O grupo das atividades rurais não-agrícolas consiste nas atividades ligadas à moradia, à prestação de serviços, ao lazer e a uma série de atividades industriais;

– No Brasil, destaca-se a produção de três matérias-primas de grande importância para a indústria: o algodão, a madeira e a borracha;

– Atualmente, destaca-se a produção de algodão em MT e BA, mas até 1980 era SP e PR;

– Atualmente, grande parte da produção de borracha vem de SP, BA e MT;

– madeira: SP, BA, PR e SC;

– arroz: RS, SC, MT e MA;

– feijão: PR, MG e BA;

– leite: MG, RS, PR e GO;

– O Brasil é o maior exportador de suco de laranja e sua produção se concentra em SP;

– A soja é uma das responsáveis pela ocupação de áreas no Centro-Oeste, na Amazônia legal e no Nordeste;

– cinturões verdes: áreas de produção de hortaliças, legumes e frutas voltadas ao abastecimento das grandes cidades.

– atualmente, o biodiesel é utilizado para substituir parcialmente o óleo diesel em motores de veículos e máquinas;

– O êxodo rural começa na década de 1930 e se acentua na década de 1950;

POPULAÇÃO BRASILEIRA

– Um dos traços mais evidentes da estrutura étnica do Brasil é a desigualdade de condições socioeconômicas;

– As pessoas que se declaram pretas e pardas compõem as maiores parcelas entre as que vivem com baixo poder aquisitivo;

– A população brasileira tinha em 2007 uma quantidade praticamente igual de pessoas que se declaravam brancas e daquelas que se declaravam pardas e pretas;;

– A escolaridade e a renda daqueles que se declaram brancos é consideravelmente superior aos negros e aos pardos;

– O processo de transição demográfica se iniciou em 1950;

– A partir das décadas de 1960 e 1970, a urbanização e a industrialização exerceram forte influência sobre as taxas de natalidade e fecundidade;

– O declínio da fecundidade teve impacto sobre a estrutura etária da população, a partir da década de 1980;

– A faixa da população em idade considerada potencialmente ativa, entre 15 e 64 anos de idade, apresentou crescimento expressivo;

– A população de 65 anos ou mais de idade dobrou a sua participação no total da população entre 1950 e 2000;

– O IDH é calculado de acordo com 3 fatores: educação (taxa de alfabetização e escolarização) + longevidade (expectativa de vida ao nascer) + renda;

– Em 2009, o Brasil ocupou a 75ª posição, com um IDH de 0,813, portanto no grupo de alto IDH, mas é uma taxa que não retrata a realidade, já que encobre as desigualdades internas de um país;

– No período entre 1980 e 2008, o Brasil passou de médio para alto IDH, elevando seu índice;

– A população negra ainda não atingiu o IDH da população branca de 1991. A diferença principal está na diferença de renda entre negros e brancos. Ainda sim, tem-se percebido o crescimento do IDH da população negra;

– A partir das últimas décadas do século XX ocorreu um movimento de entrada ilegal de imigrantes, principalmente coreanos e bolivianos;

– O êxodo rural teve início em 1930 e se acentuou a partir de 1950 com a industrialização, a concentração de terras, a mecanização do campo e o Estatuto do trabalhador rural, pois este estendeu as leis trabalhistas ao campo e muitos agricultores foram demitidos para que os fazendeiros não pagassem impostos;

– Rondônia a partir da década de 1970 passou a atrair grande número de migrantes sulinos que deixavam seus estados em busca de terra barata;

– Atualmente, o que se vêem são migrações de curta distância, pois os grandes fluxos e longas distâncias deixaram de existir.

– A urbanização intensificou-se nas regiões das fronteiras agrícolas;

– Migração de retorno = iniciou em 1990 e significa o início da saída do Sudeste e o retorno para o Nordeste;

– Saldo migratório brasileiro é negativo, pois tem mais emigração do que imigração. Principais destinos dos brasileiros: EUA, Paraguai, Japão e Europa;

URBANIZAÇÃO

– O Sudeste e o Sul industrialmente mais desenvolvidos apresentaram taxas superiores de urbanização. O Centro-Oeste mesmo com uma economia centrada no agronegócio teve índices semelhantes ao do Sudeste, pois sua agricultura é altamente mecanizada. O Norte e o Nordeste apresentam menores percentuais de população urbana, mas já são superiores a 50%;

– Um dos aspectos mais importantes da modernização brasileira no século XX foi a formação de uma rede urbana hierarquizada, comandada por RJ e SP;

– Ainda persiste uma concentração de cidades na fachada oriental, litoral;

– Regiões metropolitanas: SP, RJ, BH, Porto Alegre, Recife, Salvador, Curitiba, Belém e Fortaleza;

– Metrópoles nacionais: SP, RJ e Brasília;

– Metrópoles: BH, Salvador, Recife, Fortaleza, Curitiba, Porto Alegre, Goiânia, Manaus e Belém;

– O autor discute se o Grande RJ é uma metrópole global, já que desde a mudança da capital para Brasília, o RJ tem perdido importância econômica;

– A partir da década de 1980, a saturação das metrópoles e os problemas sociais e ambientais dela decorrentes passaram a impelir as indústrias para cidades menores ou para regiões com menores custos de produção. Esse fato abriu espaço para o crescimento de cidades pequenas e médias, o que pode ser caracterizado como DESMETROPOLIZAÇÃO. O que se observa no Brasil é uma crescente substituição das atividades do setor secundário pela concentração dos serviços em metrópoles como SP e RJ;

– Não se formou uma megalópole entre RJ e SP, mas há uma interdependência entre as atividades econômicas. Destaca-se o setor nuclear de Resende, siderurgia em Volta Redonda e aeronáutico, petroquímico, eletrônico e automobilístico em SP;

– processo de terciarização = as metrópoles já saturadas vão reduzindo os postos de trabalho na indústria e passam a gerar demandas crescentes de serviços;

– As migrações para o Sudeste sofreram uma queda expressiva. As capitais nordestinas, como Salvador, Recife e Fortaleza, cresceram em importância; cidades médias das demais regiões passaram a atrair pessoas e empresas.

1940-1975 = tendência de metropolização, formação das grandes metrópoles industriais, forte concentração geográfica das indústrias;

1980-atual = saturação das grandes metrópoles, estímulo de crescimento às cidades pequenas e médias, tendência de desconcentração geográfica das empresas industriais;

– A excessiva concentração populacional gera distorções na paisagem urbana.

– Segregação socioespacial urbana = convivência entre moradias de alto padrão e submoradias em espaços exíguos, o que gera tensões sociais;

– A classe média troca antigas casas por prédios que ofereçam segurança, melhor localização e serviços diferenciados.

– A luta pelo espaço urbano é, portanto, uma constante na vida das principais cidades brasileiras. Muito contribui para isso a estratégia da especulação imobiliária;

– As cidades brasileiras cresceram sem respeito ao planejamento urbano;

– O preço dos terrenos e a valorização do espaço urbano vinculam-se não somente à quantidade e qualidade dos equipamentos urbanos, mas também aos elementos físicos dos lugares. Sendo assim, pode-se verificar nas cidades brasileiras uma relação entre relevo e camadas sociais;

– Grande metrópole nacional = SP

– Metrópole nacional: RJ e Brasília;